quinta-feira, 17 de maio de 2012

Um orgulho

sexta-feira, 6 de abril de 2012

terça-feira, 15 de novembro de 2011

They're back!



E não me parece que o propósito desta reunião seja apenas voltar a rechear os cofres destes senhores, como a maioria das vezes acontece. Um albúm novo está na forja e o produtor será o prestigiado Rick Rubin. Vislumbro nuvens negras no horizonte e gosto disso!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Hoje às 21h no Incrível Almadense



Não podia deixar escapar a oportunidade de ver os pais do desert rock e a génese dos Queens Of The Stone Age. Esperam-se cabeças partidas... Rock do asfalto rula! :)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Gosto desta música

E do clip também. Eis "The Golden Age" do albúm "Fruit" de 2009 da banda dinamarquesa "The Asteroids Galaxy Tour", mais conhecida por ser a música do novo anúncio da Heineken (The Entrance):

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Há 17 anos, há 17 segundos...

Fez neste dia 5 17 anos que Kurt Cobain poisou a guitarra e nunca mais lhe voltou a pegar. Quando ouvi o número 17 na rádio fez-me impressão a vastidão do tempo... 17 anos? 17 anos??? Não é possível! A música dele continua tão presente na minha vida como há 17 anos atrás, mesmo que já não a oiça como outrora. No entanto, de tempos a tempos, tenho que regressar a ela, para ouvir, tocar, cheirar e sentir aquela música que tem tanto de simples como de inexplicável - eu quase que a apelidaria de mágica, pois a sua honestidade e pureza são de tal ordem que mais parece um truque de ilusionismo. A verdade é que a música dos Nirvana - a música do Kurt - tocou e continua a tocar a muitos. Ainda recentemente comprovei isso mesmo quando, numa viagem de 5 horas com mais 5 amigos (vejo agora a curiosa coincidência do número 5 - será apenas coincidência?), peguei no iPod e pus Nirvana a tocar no rádio sem aviso prévio. Foi impressionante a reacção de todos. Primeiro fez-se aquele silêncio de reconhecimento, admiração, respeito, fascínio e apreciação, e depois vieram as nossas vozes, como se tivéssemos viajado no tempo e estivéssemos no auge dos Nirvana, como se aquela música fosse a de hoje, como se nunca tivesse parado de tocar. E, de facto, nunca parou… Obrigado, Kurt.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PARABÉNS!!!


Esta mítica discoteca cumpre este ano o bonito e redondo número de 40 anos de existência e está, merecidamente, de parabéns. Olhando para trás, constato que se trata de um local marcante da minha vida, pois muitos foram os episódios que vivi naquela casa. Ainda no passado dia 28 de Dezembro, data do meu aniversário, acabei a noite ao som de Bob Marley na tradicional terça-feira de reggae. Já não sou um frequentador assíduo, mas sei que posso sempre regressar e que serei bem recebido.

Dado que a menina passou a ser uma quarentona, importa relembrar a sua história, pelo que deixo de seguida três artigos alusivos a esta efeméride:

por Agência Lusa, Publicado em 26 de Janeiro de 2011

A discoteca Jamaica, em Lisboa, cumpre 40 anos e voltará a reunir os DJ que marcaram a identidade musical do espaço, entre eles Mário Dias e Bruno Dias, o primeiro e o atual disc-jockey. Pai e filho.

O encontro está marcado para quinta-feira à noite, quando for apresentado o programa dos 40 anos do Jamaica para os próximos meses, e juntará na cabine os cinco homens que colocaram música ao longo destes anos.

Mário Dias, a trabalhar na rádio TSF, foi o primeiro DJ do Jamaica, em 1975, quatro anos depois da abertura da discoteca. Tinha na altura 23 anos e viu naquele trabalho a oportunidade de se aproximar daquilo que mais queria: fazer rádio.

Na altura não era comum dizer-se DJ, mas sim alguém que passava música numa discoteca, mostrando e apresentando vinil atrás de vinil, com as novidades rock e reggae que chegavam de fora e também com o que se ouvia em Portugal: Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Fausto.

Em entrevista à agência Lusa, Mário Dias recordou que muita gente também levava discos de casa, alguns que ainda não tinham saído em Portugal, como os primeiros singles dos Talking Heads, de Blondie e Bruce Springsteen.

"O Jamaica era frequentado essencialmente por malta de esquerda e como eu tinha o privilégio de usar o microfone, era sempre o reviralho a noite inteira. Falava entre os discos, apresentava as músicas, mandava bocas, que é coisa que não se faz agora", disse Mário Dias entre risos.

O jornalista da TSF ficou no Jamaica até 1987 e desde aí até 2006 o lugar foi ocupado por Jorge Bernardino, Armando Oliveira e Pedro Rodrigues.

Atualmente é Bruno Dias, o filho, de 30 anos, que assume o mesmo papel do pai, Mário Dias.

É o DJ residente do Jamaica desde 2006, depois de ter passado pelo Ritz Club e pelo Tokyo, mas lembra-se desde sempre de estar naquela discoteca.

"Sentava-me em cima de uma caixa de vinil na cabine e passava lá as noites, porque achava piada àquilo. Uma vez por outra deixavam-me passar uns discos e fui ganhando o bichinho", explicou o DJ à agência Lusa.

Hoje, Bruno Dias ainda inclui na seleção musical muitos temas que passavam há 30 anos no Jamaica, "porque as boas músicas são intemporais".

"Noto, mas dá-me gozo, passar um Zeca Afonso, olhar para a pista e ver que há meia dúzia de pessoas que ficam com cara de quem não está a gostar da música", reconheceu.

Ainda que refugiado no espaço do DJ, na cabine atrás do aparelho de onde debita a música, Bruno Dias tem a perceção que há várias gerações a dançar no espaço do Jamaica: "De vez em quando aparecem pessoas que dizem que conheciam o meu pai e que gostavam".

Apesar do desgaste da vida noturna, do qual não tem saudades, Mário Dias relembra com alguma saudade as histórias de muitas noites a escolher música para os outros, ainda que esses outros fossem músicos.

"O Joe Strummer veio cá com a banda [The Clash] e ficou mais oito ou 15 dias de férias e todas as noites ia ao Jamaica. Ficámos amigos. Era um gajo do caraças e passava completamente despercebido, era o anti-vedeta absoluto", elogiou o radialista.

Há pelo menos uma tradição que passou de pai para filho, e também pelos restantes DJ que puseram música naquela discoteca ao longo de 40 anos: As noites do Jamaica terminam sempre com uma valsa.

26.01.2011 - 15:58 Por Ana Henriques

O segredo? "Nunca apostámos na música dos tops", diz o primeiro DJ da casa, Mário Dias. Gerida durante muito tempo por um homem de direita, a clientela sempre se inclinou para a esquerda.

O DJ dá mais uma baforada no cigarro antes de pôr os Rolling Stones: "I"ve been holding out so long, I"ve been sleeping all alone..." Na pequena pista de dança, que daqui a nada há-de estar a abarrotar, entoa-se o resto do refrão: "... lord I miss you."


Desde que as chamadas casas de meninas se reconverteram, transformando o Cais do Sodré num local de culto da noite lisboeta, já não é preciso vir para a fila do Jamaica para beber um copo. No Vicking, mesmo em frente, também passam clássicos; e quem preferir sons mais actuais é só rumar duas ou três portas adiante e ir até ao Music Box ou ao Roterdão. Mesmo assim, é quase sempre nesta antiga leitaria - que em 1971 se transformou num bar de alterne igual aos outros -, que a fila para entrar mais se alonga ao fim-de-semana.

Já com idade para ficar em casa a ver séries de televisão, Maria José Pereira passa muitas noites a cumprimentar quem vai passando à porta ou entra. "A decoração não é nada de especial. O nosso segredo é a música. Há anos que é a mesma e as pessoas não se cansam." Viúva de um dos sócios do Jamaica, resolveu tomar as rédeas da casa há meia dúzia de anos, e os 67 que já leva de vida não a demovem. Um dos filhos, Fernando, igualmente há muito ligado à casa, corrobora: "Pomos músicas que as pessoas podem cantar. Outro trunfo é o espaço: quando há muita gente na sala ninguém consegue ver nem dois metros à frente de si." Passa-se despercebido. Ou não: foram vários os casamentos que saíram das noites do Jamaica, confirmam proprietária e empregados. E alguns deles ainda se mantêm de pé.

O cheiro a pecado

Nos anos de 1980, antes de a zona de Santos nascer para a noite, o roteiro do sol posto começava no Bairro Alto, mas era aqui que acabava invariavelmente. O ambiente canalha, de bas-fond, que ainda restava do velho Cais do Sodré dos marinheiros-em-busca- de-prazeres-rápidos, exercia um certo fascínio sobre novos frequentadores, recorda o arquitecto Manuel Aires Mateus. Nessa época, quando ficava a trabalhar até tarde, passava primeiro pelo Frágil e depois pelo Jamaica com os amigos. "O que mais me agradava? Não se conseguir conversar, por causa do volume da música. Era um descanso...", ironiza.

"Tinha um certo cheirinho a pecado", observa por seu lado o escritor Mário Zambujal, que aqui lançou o livro Crónica dos Bons Malandros. O primeiro DJ da casa, Mário Dias, actualmente na TSF, tinha 23 anos quando mudou a sina do Jamaica.

"Jamaicização" da esquerda

Nos anos quentes do pós-revolução trocou os slows românticos e o disco-sound histriónico por Bruce Springsteen e Talking Heads, que tinham acabado de aparecer, à mistura com alguma música de intervenção. Só mais tarde haviam de surgir as terças-feiras de reggae. O intelectual Eduardo Prado Coelho inventou mesmo a expressão "jamaicização da esquerda portuguesa". Homem de direita, o marido de Maria José ia aos arames. "Tínhamos grandes discussões ao final da noite, ele a chamar-me comunista e eu a chamá-lo fascista", conta Mário Dias, cujo filho lhe seguiu as pisadas e põe música... no Jamaica.

"Como a sede da PIDE não era longe, antes do 25 de Abril havia agentes que frequentavam a casa", conta um antigo empregado, Augusto Barbosa. "Também era aqui que o Agostinho Neto passava o tempo" antes de se tornar Presidente de Angola, em 1975.

Nesses tempos, o bar abria logo às 9h, para servir café com leite às raparigas que trabalhavam de noite. E havia um quiosque com bonecas à entrada, para os cavalheiros que lhas quisessem oferecer, antes de irem para os quartos das redondezas.

Nesses tempos era assim, segundo a imprensa: num congresso, em Tóquio, um cientista anunciava a descoberta de uma pílula que permitiria às mulheres "comandarem a procriação" dali em diante; nas suas Conversas em Família, Marcelo Caetano inquietava-se com a situação internacional e, por arrasto, a portuguesa; os marinheiros continuavam a gastar dólares no Cais do Sodré, que se tornara um centro semiclandestino de troca de divisas. Quem saía do país abastecia-se ali, para contornar o limite legal de troca de moeda, diz Augusto Barbosa. A 2 de Setembro, o Jamaica faz 40 anos. O programa de festas começa amanhã e prolonga-se até Outubro. DJ convidados ligados às artes alternarão com sessões de reggae e outras noites temáticas. O segredo? "Nunca apostámos na música dos tops", diz Mário Dias. "Nem Shakira, nem Beyoncé. A pop ligeirinha não faz parte dos hábitos da casa."


O PÚBLICO destaca algumas das 54 músicas escolhidas por Mário Dias, o primeiro DJ do Jamaica
  1. Patti Smith - Because The Night
  2. Talking Heads - Psycho Killer
  3. Roxy Music - Love Is The Drug
  4. Police - Roxanne
  5. Waterboys - Whole Of The Moon
  6. David Bowie - Heroes
  7. Bauhaus - Ziggy Stardust
  8. Janis Joplin - Move Over
  9. Frank Zappa - Cocaine Decisions
  10. Doors - Roadhouse Blues
  11. Jimi Hendrix - Fire
  12. Killing Joke - Love Like Blood
  13. Rolling Stones - Jumpin" Jack Flash
  14. Clash - Rock The Kasbah
  15. Public Image Limited - (This Is Not a) Love Song
  16. R.E.M. - Rádio Free Europe
  17. Smiths - What Difference Does It Make?
  18. Scritti Politti - Hypnotize
  19. Siouxsie & the Banshees - Spellbound
  20. Vapors - Turning Japanese
  21. Carlos Puebla - Hasta Siempre
  22. Jáfumega - Latin" América
  23. Rádio Macau - Elevador da Glória
  24. Rui Veloso - Chico Fininho
  25. Xutos & Pontapés - Sémen
  26. GNR - Dunas
  27. António Variações - O Corpo É Que Paga
  28. Táxi - A Queda dos Anjos
  29. Sétima Legião - Glória
  30. Júlio Pereira - Celtibera
  31. José Afonso - O Que Faz Falta
  32. Fausto - O Barco Vai de Saída
  33. Trovante - Saudade
  34. Vitorino - Leitaria Garrett
  35. Bob Marley - Trenchtown Rock
  36. Dillinger - Cocaine In My Brain
  37. Lee Perry - Dreadlocks In Midnight
  38. Aswad - Mosman Skank
  39. Gladiators - Get Ready
  40. Sly Dunbar - Mr. Music
  41. U ROY - I Got To Tell You Goodbye
  42. Culture - I Tried
  43. Twinkle Brothers - Jahoviah
  44. Mighty Diamonds - 4000 Years
  45. Slickers - Johnny Too Bad
  46. Nina Hagen - African Reggae