segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Blog Action Day

Hoje, 15 de Outubro, celebra-se o Blog Action Day, um evento cibernáutico criado a partir do lema "um assunto, um dia", onde milhares de bloguistas, em uníssono, escrevem sobre o mesmo tema, numa autêntica estratégia de "espalha a palavra", na tentativa de chegar a um público mais vasto e alertá-lo para os graves problemas que flagelam o nosso mundo presentemente. Este ano o tópico é o ambiente e pede-se que se escreva uma mensagem de sensibilização aos leitores.

Após alguns minutos de reflexão, achei que devia falar sobre as ONGAs (Organizações Não Governamentais de Ambiente) e sobre o trabalho meritório que elas desenvolvem, a troco apenas da sensação de dever cumprido e da consciência que se está a travar uma batalha que tem que ser travada.

Como exemplo de uma ONGA que conheço bem, falarei do GAIA – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, uma associação onde já colaborei durante os meus tempos de faculdade. O GAIA, tal como o seu site indica, é “uma associação que foca as temáticas ambientais integrando questões sociais e políticas. Com uma forte componente activista, utiliza frequentemente acções criativas de cariz directo e não violento como forma de sensibilizar e criar consciência sobre raízes sociais dos problemas ambientais.”

São várias as frentes onde o GAIA trabalha, mas ultimamente especializou-se em áreas mais concretas, desenvolvendo projectos de grande relevo para os dias de hoje, tais como:

Dívida Ecológica
Refere-se à dívida acumulada pelos países do Norte correspondente à expropriação de recursos, comércio (financeiramente e ecologicamente) desigual, destruição e ocupação de espaço ambiental. Nesta campanha pretende-se divulgar este conceito, integrando as questões do desenvolvimento sustentável e do ambiente, com vista ao cancelamento da dívida externa ilegítima dos países do Sul. As áreas de trabalho incluem a bioprospecção e biopirataria, a dívida do carbono, o transporte e exportação de resíduos, a extracção de minerais e combustíveis fósseis e os passivos ambientais.

Desertificação
A desertificação está associada quer a um conjunto de más práticas ambientais e quer ao abandono das terras por
partes das populações mais pobres. O GAIA trabalha no combate à desertificação através da construção de alternativas, tais como o Centro de Convergência no Alentejo, que pretende ser um espaço de desenvolvimento multifacetado envolvendo diversas áreas de trabalho e investigação como a permacultura, desenvolvimento rural, energias renováveis e a cultura.

Eco-Consumidor
A sociedade de consumo é um dos principais motores da exploração ambiental e social. Esta campanha pretende demonstrar e informar sobre as proporções que o consum(ism)o adquire hoje em dia, particularmente no que diz respeito ao impacto no ambiente e a questões éticas e promover alternativas para um consumo mais ecológico, responsável, ético e consciente.

Justiça Climática
As alterações climáticas são um assunto em voga, mas ainda é preciso realizar muito trabalho para inverter a caminhada fatal que o homem impôs ao planeta. Sensibilizar as pessoas e informá-las como ter um papel positivo nesta luta são os objectivos do projecto.

Paz e Não Violência
Esta campanha pretende promover uma cultura de Paz e Não-Violência, questionando o militarismo e abordando a questão da energia e armamento nuclear sob uma postura crítica e abolicionista. Neste âmbito, o GAIA integra também a plataforma nacional do Não ao Nuclear.

Transgénicos
Os OGMs (organismos geneticamente modificados) invadem-nos silenciosamente os pratos, os campos de cultivo, o ar, a água, os ecossistemas, sem o debate público que o tema exige. Nesta campanha trabalha-se para trazer este assunto à ribalta e travar a propagação destes organismos cujos efeitos no ambiente e na saúde pública se desconhecem.

Defesa Animal
Campanha com o intuito de desenvolver acções e campanhas que visem abolir todas as formas de sofrimento e exploração exercida sobre os animais, particularmente os animais não humanos, e que permitam criar paradigmas de pensamento sócio-culturais biocêntricos em oposição ao especicismo e antropocentrismo que constitui a base moral das inúmeras situações de tortura e exploração animal que ocorrem nas sociedades humanas.

É bom saber que alguém olha por nós, não é?...


2 comentários:

Anónimo disse...

Boa contribuição :)

xleen

Maria Arroz disse...

Bolas...este ainda é mais sério que o outro!
Esta marcação do dia passou-me completamente ao lado (confesso!)... até que a cada blog que abria era..."BAD"!!!!!

E pronto!já me ensinaste qq coisa!
A prestar serviço publico, muito bem, sr.Babas!